terça-feira, 14 de dezembro de 2010

PAINEL DE CARAS

A chuva cai em meio à multidão,
Mas não esfria o calor envolvido no refrão.
As nuvens escondem atrás do céu
Todos os desejos imbuídos em nossas mentes e pintados no painel
    Liberto pro peito o poema que canto
    E alimento a alma com todo o meu encanto
    E quando sondo a minha voz pelo mundo causo espanto
    Porque planto aquilo que desejo semear, e a rima mostra o que eu ainda consigo acreditar.
E se acredito faço minha estória e deixo minha marca
Se acreditar dou o melhor de mim e ainda levo pra casa
Levo pra casa e distribuo entre as baixas
Pra brotar dos olhos a esperança da conquista
    Temos experiência de monte e muitas bocas com fome
    Muita língua afiada ansiando por um microfone
    Tom, dicção, expressão e palavra.
    Externam a verdade sem vergonha numa praça
Sem vergonha se cala com vergonha do cara
Da cara pintada, da cara mostrada.
E com que cara fica esse cara se não demonstra na cara a expressão esperada por uma multidão de caras?
    No movimento do corpo, na sintonia da alma.
    Na tinta e pincel desenhando a minha arte
    Com palavras masculinas e femininas
    Calor, fervor, amor.
Paixão, sedução, alimentação.
Vontade, verdade, metade, beldade.
Negritude, virtude, razão, emoção.
Ascensão, conquista, homem, mulher menino e menina.
    Todas elas construídas
    De alegrias e tristezas vividas
    E representa na pele a vitória
    E na palma das mãos o respeito do aplauso
Descalçam as sandálias pra pisar em solo vasto
De onde crescem raízes. E cresço conquistando o meu espaço.



Nilldinha Silva e Heider Gonzaga 

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